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Amortização da dívida: o que é e como funciona?

Amortização da dívida: o que é e como funciona?

A amortização da dívida é um conceito bem simples de entender. Quando você contrata um crédito, seja ele um empréstimo ou um financiamento, por exemplo, é definido, junto à instituição financeira credora, um prazo para o pagamento do mesmo, que irá determinar a prestação mensal que será paga. Cada parcela é composta por dois valores: um que contempla o crédito contraído em si e outro que diz respeito aos juros, impostos, seguros e comissões. 

Quando falamos da taxa de amortização da dívida, estamos especificando sobre a percentagem liquidada do capital que lhe foi, efetivamente, concedido pelo banco. Saiba mais no artigo de hoje!

O que é amortização da dívida?

Quando você paga a prestação mensal de um crédito que contratou não está apenas a amortizar capital. Dentro deste valor estão inclusos juros, impostos, seguros e comissões ao banco. Dessa forma, a amortização da dívida funciona da seguinte maneira. Imagine que a sua prestação mensal é de 200 euros e, no primeiro mês, a taxa de juro foi de 30% desse valor. Neste caso, a sua taxa de amortização da dívida foi de 70%, ou seja, apenas amortizou a sua dívida em 140 euros. Os outros 60 euros foram juros.

Esses valores vão variar de acordo com a modalidade de taxa de juros escolhida para o empréstimo ou financiamento. A taxa pode ser fixa, quando a mesma porcentagem se mantém durante todo o pagamento do crédito, ou variável, quando os juros oscilam nas parcelas, geralmente começando por valores mais elevados e diminuindo à medida que as prestações vão sendo pagas.

Por isso, a taxa de amortização da dívida também varia durante as parcelas. Nos primeiros meses, ela costuma ser mais reduzida, mas à medida que a maior parte dos juros vai sendo paga, a porcentagem de amortização aumenta, ou seja, você passa a pagar mais pelo valor de fato devido, ao invés das taxas e encargos.

Tipos de amortização da dívida

É possível optar por três tipos de amortização da dívida:

Amortização antecipada

Nesta modalidade de amortização da dívida, a instituição credora concede-lhe o direito de efetuar um reembolso antecipado, diferente dos prazos estabelecidos à princípio, para amortizar parte ou a totalidade da dívida antes do fim do empréstimo.

Amortização antecipada parcial

A amortização antecipada parcial permite que você pague parte do montante do capital em dívida de forma antecipada para, assim, diminuir os juros a pagar pelo seu empréstimo, levando à redução do valor das prestações mensais. Para isso, é preciso notificar a instituição financeira com, pelo menos, sete dias de antecedência. O montante é amortizado no dia em que vence a prestação.

Amortização antecipada total  

A amortização antecipada total de um crédito acontece quando o pagamento do montante em dívida é feito na totalidade antes do prazo inicialmente estipulado no contrato. Isso pode ser feito em qualquer altura de vigência do contrato, devendo o cliente informar a instituição de crédito com, pelo menos, 10 dias úteis de antecedência.

Normalmente, os bancos cobram uma comissão pelo reembolso antecipado do crédito, quando você escolhe fazer a amortização da dívida dessa forma. A lei determina que esta comissão só pode ter o valor máximo de 0,5% do capital reembolsado, caso o contrato seja com taxa de juro variável, ou 2% do capital reembolsado nos contratos de taxa de juro fixa.

Amortizar a dívida vale a pena?

Muitas pessoas questionam se investir o dinheiro, em uma poupança, por exemplo, não vale mais a pena do que realizar a amortização da dívida. A verdade é que o que é mais vantajoso irá depender de cada caso. Para tomar essa decisão, é necessário analisar alguns pontos importantes.

  • Qual é o seu perfil financeiro: se você tem um perfil mais conservador, que prefere fazer escolhas certeiras e seguras, o melhor mesmo é fazer a  amortização da dívida e se livrar dela de uma vez. Mas se você costuma tolerar decisões arriscadas, vale optar por investir as tuas poupanças em produtos financeiros para obter lucros;
  • Avalie o estado das suas finanças pessoais: se o seu salário não costuma chegar ao final do mês, uma boa forma de aumentar o rendimento líquido disponível pode ser reduzir as dívidas, o que é possível com a amortização. Desta forma, é possível diminuir o valor das mensalidades, dando um alívio para o seu orçamento.
  • Verifique suas dívidas: se o seu nível de endividamento for alto, o ideal é usar a poupança para amortizar a dívida, em vez de usá-la para obter rendimentos. 
  • Analise sua necessidade de ter liquidez no curto e médio prazo: se decidir que vai precisar de liquidez no curto ou médio prazo, o melhor mesmo é guardar, pelo menos, uma parte do dinheiro em vez de gastar tudo na amortização da dívida.